Folha de S.Paulo
O temporal que atingiu o Rio na noite de anteontem e na madrugada de ontem pôs em ação, pela primeira vez --e com sucesso--, um sistema de sirenes que avisam moradores de áreas de risco sobre a necessidade de deixar suas casas e ir para abrigos.
As chuvas causaram uma morte e ao menos quatro deslizamentos. Várias vias, alagadas, foram interditadas.
Desde janeiro, as 20 favelas com maior risco de deslizamentos ganharam conjuntos de sirenes a serem acionadas pela prefeitura quando o volume de chuva atingir 40 mm em uma hora, ou 125 mm em 24 horas.
As sirenes começaram a soar nas favelas da Tijuca (zona norte) às 21h de segunda, quando a chuva superou 40 mm em uma hora. Ao longo da noite, segundo a prefeitura, 11 das 20 comunidades com sirenes foram alertadas. Segundo a prefeitura, só uma sirene, na favela do Borel, na Tijuca, apresentou defeito.
A Tijuca foi a região mais atingida: 286 mm de chuva das 19h de segunda às 19h de ontem. A média no bairro em abril é de 161 mm. Nos morros da Formiga e dos Macacos e no bairro do Grajaú, moradores só puderam voltar para casa às 12h de ontem.
"Assim que ouvi o alerta, saí de casa", contou a faxineira Daniele da Conceição Alves, 32. Ela mora no Borel com a irmã desde que sua casa desmoronou, no ano passado.
O corpo de um homem não identificado foi achado perto da praça da Bandeira (zona norte). Segundo a polícia, ele foi levado pela enxurrada.
Até a noite de ontem, sete regiões da cidade ainda apresentavam alto risco de deslizamentos.
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