Valor ficou 65% abaixo do recorde de 266 mil empregos em março de 2010.
Ministro do Trabalho diz que carnaval em março prejudicou resultado.
"Esse comportamento mais modesto em relação aos dois meses anteriores pode ser justificado, em parte, pela antecipação de contratações realizadas pelos estabelecimentos no mês de fevereiro, e pela redução do número de dias úteis em março, devido ao feriado de carnaval", informou o Ministério do Trabalho.
Para ministro, criação menor de vagas é consequência do carnaval
Sem desaquecimento
Apesar do recuo na criação de empregos formais em março deste ano, o ministro Lupi afirmou não ver desaceleração no mercado de trabalho. "Acho que março foi um mês atípico [por causa do carnaval]. Prefiro esperar abril para ver. Acho que vamos ter um abril aquecido. Não vejo tendência de diminuição do ritmo da economia. Em todos índices que vejo, a demanda continua forte. Se tiver efeito [das medidas do governo, como aumento dos juros e do IOF para empréstimos], vai ser pequeno no mercado de trabalho. A população continua tendo ganhos reais de salário", declarou ele.
Primeiro trimestre
Com o fraco resultado de março deste ano, o emprego formal também não bateu recorde para o primeiro trimestre. Nos três primeiros meses de 2011, a criação de vagas formais somou 583.886, valor também abaixo do registrado em igual período do ano passado (+657,25 mil). Segundo o Ministério do Trabalho, o resultado do primeiro trimestre foi o terceiro melhor da série histórica do Caged, sendo menor, também, do registrado no ano de 2008.
Ano passado e previsão para 2011
Em todo ano passado, os números do governo mostram que foram criados 2,5 milhões de empregos com carteira assinada no país, novo recorde histórico. Porém, a meta foi atingida somente com mudanças no formato de divulgação dos dados do Caged - que passaram a incorporar, no mesmo ano, as informações enviadas pelas empresas fora do prazo.
Para 2011, primeiro ano do mandato da presidente Dilma Rousseff, Lupi manteve a previsão de que serão criadas três milhões de vagas formais (novo recorde) apesar do corte de gastos de R$ 50 bilhões anunciado e da subida da taxa básica de juros. Essas medidas buscam conter o crescimento da inflação.
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