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quarta-feira, 27 de abril de 2011

Morro dos Prazeres não terá remoção total, diz prefeitura do Rio



Rio de Janeiro – A prefeitura do Rio voltou atrás na ideia de remover as quase 2 mil casas do Morro dos Prazeres, em Santa Teresa, centro do Rio. Baseado em um estudo da Fundação GeoRio, ainda em execução, o secretário de Habitação, Jorge Bittar, disse que não há necessidade de acabar com a comunidade. Segundo o levantamento, obras de contenção e melhorias na localidade resolveriam o problema.
Em 6 de abril de 2010, o Morro dos Prazeres foi severamente castigado pela chuva, e 34 pessoas morreram soterradas. Na ocasião, o prefeito Eduardo Paes anunciou que iria retirar todos os moradores do local. Hoje quase 200 famílias vivem de aluguel social, 73 já foram indenizadas e 20 famílias ainda aguardam indenização, pois suas casas estão em área de risco. O estudo aponta que pelo menos 229 casas ainda precisam ser derrubadas.
A presidenta da Associação dos Moradores, Eliza Roza Brandão, criticou a falta de diálogo da prefeitura com a comunidade. Segundo ela, os moradores ficam sabendo das informações a respeito do futuro do Morro dos Prazeres por meio da imprensa.
“Fiquei sabendo da não remoção total pelo jornal. Até agora eles [prefeitura] não contataram a Associação dos Moradores, que deveria ser reconhecida e respeitada pelo Poder Público, já que trabalhamos em prol dos moradores nas reivindicações e solicitações. Eles deviam chamar a gente para passar essas informações e saber o que queremos também.”
A presidenta da associação disse que se encontrou com Jorge Bittar no dia 6 de abril, num evento público, e que ele se comprometeu a pagar às famílias que aguardam indenização e reabrir a creche da comunidade que está interditada há um ano.
“Mas ainda estamos muito apreensivos, porque não sabemos qual o futuro dos que perderam suas casas e vivem de aluguel social. A prefeitura havia informado que ia construir um conjunto habitacional no centro, mas ficamos sabendo pelo jornal que o governo desistiu da construção.”
Em entrevista, Jorge Bittar disse que o diálogo com a comunidade é constante e que informou a presidenta da associação sobre a decisão da prefeitura. “O diálogo existe, só não acho necessário um documento oficial, assim como o anúncio inicial de reassentamento total não foi oficial. Agora o diálogo é frequente. Inclusive, estive no local no início do mês, visitei a escola e informei que ainda não poderá ser reaberta devido a um deslizamento nos fundos, mas que a GeoRio já está terminando um estudo para a licitação da obra.”
O secretário informou que mais de 6,2 mil famílias já foram reassentadas em todo o município (indenizadas, recebendo aluguel social ou beneficiadas pelo programa Minha Casa, Minha Vida). Ele explicou que o condomínio no centro da cidade era um projeto do governo estadual e que não cabe à prefeitura dar satisfação aos moradores sobre este empreendimento. “Mas vamos, sim, oferecer moradias do Morar Carioca que já estão em construção. Este, sim, é da prefeitura e se trata de um condomínio com ótima infraestrutura, perto do metrô, da estação de trem e muito central.”
Morador do Morro dos Prazeres há 45 anos, Flávio Minervino reclamou de a prefeitura ter demolido parcialmente algumas casas atingidas pelos deslizamentos e ter deixado os escombros que representam riscos à comunidade como um todo no local.
“A prefeitura fez uma cidade fantasma ali, pois já pagou por essas casas e indenizou as pessoas. Ali também é foco de mosquito da dengue, num período de chuvas e de surto da doença. E daqui a pouco vai ter gente indo morar nessas casas, correndo risco, pois é só colocar as portas e janelas.”
A GeoRio informou, por meio de nota, ter investido R$ 5,4 milhões no Morro dos Prazeres, com obras emergenciais de contenção de encostas nos locais mais afetados. Além disso, a fundação diz ter realizado a limpeza e a remoção do material, além de ter finalizado obras de contenção e reflorestamento. O estudo da área e as obras de urbanização vão continuar, segundo a fundação.

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