Tempestade mata homem, alaga ruas, derruba casas, destroi carros e prejudica volta para casa 1 ano após tragédia
Rio - Em nove horas de temporal, o Rio voltou a mostrar despreparo para enfrentar mudanças repentinas do clima. A quinta maior chuva em 14 anos deixou ruas debaixo d’água, principalmente na Grande Tijuca e Centro. Na cidade que sediará as Olimpíadas e da Copa do Mundo, um homem morreu afogado na Praça da Bandeira, mototaxista recebeu descarga elétrica na Tijuca e pelo menos 9 imóveis desabaram devido às chuvas. Casas e lojas foram invadidas por lama e entulho. Na Autoestrada Grajaú-Jacarepaguá, rocha de 600 toneladas despencou, bloqueando a via.
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Instalado em dezembro, o Centro de Operações Rio não conseguiu detectar com antecedência a possibilidade de chuva forte. O temporal surpreendeu os cariocas na volta para casa, às 19h de segunda-feira. Muitos dormiram no trabalho e quem encarou as vias inundadas ficou ilhado no caminho, dentro do carro, em ônibus ou nos pontos. A Grande Tijuca foi a mais afetada, onde choveu em quatro horas o equivalente a 40 dias. A Praça da Bandeira se transformou em mar, parando o trânsito em direção a Zona Norte.
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O volume da chuva, que só deu trégua às 4h30, atingiu 274 milímetros de água na Tijuca. Em abril do ano passado, quando o temporal causou tragédias, o sistema Alerta Rio registrou 300 mm de água em 24 horas. A Defesa Civil recebeu 200 chamados até 10h, a maioria por alagamentos e quedas de barreiras. A cidade entrou em estágio de alerta às 21h30, o terceiro na escala de 4 níveis.

Na Baixada, Caxias foi a cidade mais afetada. Em Saracuruna, 300 pessoas ficaram desabrigadas ou desalojadas. Imóveis foram inundados. Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), hoje pode ocorrer temporal de mesma intensidade nas regiões Norte e Serrana do estado.
Alagados e sem poder ir embora
Para escapar da inundação na Rua Pereira Barreto, na Tijuca, a analista de sistemas Carmen Pellon, 52 anos, subiu com a sobrinha de 10 anos no teto do seu Renault Clio, que ficou parcialmente submerso. “Conseguimos sair pela janela do carro”, contou ela, que teve a ajuda de pedestre para sair dali e encontrar um local seco. Ao descer do veículo, Carmem teve que enfrentar água na altura do pescoço.
O advogado aposentado Alceu Lima, 70, procurou manter o humor ao ver o seu carro arrastado pelas águas. “Não adianta a gente chorar, o jeito é manter a calma. Não tive saída porque a chuva me pegou quando fazia a travessia para a Zona Norte”, explicou.
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Instalado em dezembro, o Centro de Operações Rio não conseguiu detectar com antecedência a possibilidade de chuva forte. O temporal surpreendeu os cariocas na volta para casa, às 19h de segunda-feira. Muitos dormiram no trabalho e quem encarou as vias inundadas ficou ilhado no caminho, dentro do carro, em ônibus ou nos pontos. A Grande Tijuca foi a mais afetada, onde choveu em quatro horas o equivalente a 40 dias. A Praça da Bandeira se transformou em mar, parando o trânsito em direção a Zona Norte.
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O volume da chuva, que só deu trégua às 4h30, atingiu 274 milímetros de água na Tijuca. Em abril do ano passado, quando o temporal causou tragédias, o sistema Alerta Rio registrou 300 mm de água em 24 horas. A Defesa Civil recebeu 200 chamados até 10h, a maioria por alagamentos e quedas de barreiras. A cidade entrou em estágio de alerta às 21h30, o terceiro na escala de 4 níveis.

Quantidade de chuva na Avenida Maracanã cria ondas na calçada | Foto: Leitora Aline Martins
Secretário de Conservação e Serviços Públicos, Carlos Roberto Osório admitiu que o sistema ainda está deficiente. “Desde a criação do Alerta Rio, em 1997, essa foi a quinta maior chuva e a terceira maior num período de uma hora”, lembrou. O prefeito Eduardo Paes pediu desculpas pelos transtornos. “Foi uma quantidade de chuva muito grande e, somados aos problemas de infraestrutura da cidade, o impacto foi muito forte”, disse.Na Baixada, Caxias foi a cidade mais afetada. Em Saracuruna, 300 pessoas ficaram desabrigadas ou desalojadas. Imóveis foram inundados. Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), hoje pode ocorrer temporal de mesma intensidade nas regiões Norte e Serrana do estado.
Alagados e sem poder ir embora
Para escapar da inundação na Rua Pereira Barreto, na Tijuca, a analista de sistemas Carmen Pellon, 52 anos, subiu com a sobrinha de 10 anos no teto do seu Renault Clio, que ficou parcialmente submerso. “Conseguimos sair pela janela do carro”, contou ela, que teve a ajuda de pedestre para sair dali e encontrar um local seco. Ao descer do veículo, Carmem teve que enfrentar água na altura do pescoço.
O advogado aposentado Alceu Lima, 70, procurou manter o humor ao ver o seu carro arrastado pelas águas. “Não adianta a gente chorar, o jeito é manter a calma. Não tive saída porque a chuva me pegou quando fazia a travessia para a Zona Norte”, explicou.
Reportagem de Celso Oliveira e Diogo Dias
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