Com as contas mais
altas e as vendas em baixa as empresas são obrigadas a cortar postos de
trabalho. O que o governo achou que iria acontecer?
Imagine o seguinte:
Você é de classe média alta, tem uma cozinheira, um jardineiro e uma empregada
doméstica. Sua conta de luz sobe 39,49%, sua conta de água sobe 2,90%, sua
conta de gás sobe 12%. É óbvio que vai ter que cortar gastos depois disso. O
que você faria? Obviamente num primeiro momento faria um reorganização do
orçamento, mas estamos falando de um total de 54,39% de aumento no orçamento
doméstico. Obviamente o valor não é exato, mas dá para ter uma noção do que
estou tratando aqui. Além disso o transporte está mais caro, além de pensarmos
nos impostos municipais e estaduais como IPVA, IPTU... Logicamente o próximo
passo para tentar segurar o modo de vida é cortar postos de trabalho... Isso
quer dizer que ou a empregada, ou a cozinheira, ou o jardineiro vão ser
demitidos. Fato lógico.
Ainda em dezembro, a Mercedes renovou o
"lay-off" (suspensão temporária de contratos) para 750 trabalhadores
na unidade até o próximo dia 30 de abril. Ela oferece R$ 28.500 aos
interessados da área de produção. Quem for do grupo que está em
"lay-off" recebe um adicional de R$ 6.500.
Em janeiro passado,
o sindicato local afirmou que outros 244 funcionários ficam de fora dessa
renovação. A montadora confirmou 160 demitidos, além dos 100 que aderiram
ao PDV.
E agora em março a
Mercedes oferece R$ 28.500 aos interessados da área de produção. Quem for do
grupo que está em "lay-off" recebe um adicional de R$ 6.500.
A Volkswagen também
está demitindo. Suspendeu o contrato de 250 funcionários e para piorar o
cenário a medida deve atingir o grupo de trabalhadores que já está em férias
coletivas desde o dia 23 de fevereiro e que tinha o retorno previsto para a
última sexta-feira (13).
Em janeiro, a
Volkswagen anunciou a demissão de 800 pessoas na sede da Anchieta, no
ABC paulista.
A General Motors possui 950 trabalhadores
afastados em São Caetano do Sul. Primeiramente, em novembro passado, 850
entraram em "lay-off". Em janeiro, a empresa incluiu outros 100.
A Fiat também deu férias coletivas na planta
de Betim (MG), neste mês, onde atuam 20 mil funcionários.
Vamos fazer as contas? São 4.698 demissões no total
que foram divulgadas entre contratos diretos e indiretos.
Como todos sabem nem todo mundo é sindicalizado. Então
para que não haja problemas com a Anfea (da associação das montadoras) os dados oficiais dela são:
156,1 mil em
fevereiro de 2014
142,3 mil em
fevereiro de 2015
Um corte de 8,8% da
mão de obra do setor em 12 meses segundo eles.
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