Em oito horas e meia, Feirão da Casa Própria atrai mais de 15 mil em São Paulo
Programa 'Minha Casa, Minha Vida' é um dos principais responsáveis.
Feirão em SP termina domingo e, até junho, chegará a outras capitais.
O programa habitacional Minha Casa, Minha Vida, do governo federal, promete alavancar as vendas de imóveis no Feirão da Casa Própria, que começou nesta quinta e vai até domingo em São Paulo.
Estandes no feirão de imóveis da Caixa em São Paulo (Foto: Maria Angélica Oliveira / G1)
O evento já passou por Rio de Janeiro, Salvador, Belo Horizonte, Curitiba e Uberlândia e chegará também a Brasília (22 a 24 de maio), Recife, Porto Alegre (5 a 7 de junho) e Fortaleza (19 a 21 de junho).
De acordo com o superintendente regional da Caixa Econômica Federal em São Paulo, Valter Nunes, a expectativa de aumento de negócios de 10% em relação ao feirão anterior é "até conservadora" se levado em consideração o potencial do programa para impulsionar as vendas.
O programa permite o financiamento de imóveis de até R$ 130 mil para famílias com renda de até dez salários mínimos (R$ 4,65 mil).
No feirão de São Paulo, são oferecidos quase 110 mil imóveis, dos quais 42,5 mil são novos ou em construção e 67,4 são usados. Desse total, 28 mil fazem parte do programa Minha Casa, Minha Vida, que só financia imóveis novos.
De acordo com a Caixa, entre 10h e 18h30, o volume de negócios fechados ou encaminhados chegou a R$ 161,7 milhões, entre imóveis novos, seminovos e recuperados judicialmente pela Caixa.
O casal Daniela Firmiano e Eli Nunes dos Santos no feirão em São Paulo (Foto: Maria Angélica Oliveira / G1)
Nas oito horas e meia desde a abertura, às 10h, 15,5 mil pessoas estiveram na feira, segundo balanço da Caixa. A expectativa de visitação no feirão até domingo (24) é de 150 mil pessoas.
Nesta quinta, muitas chegaram de madrugada e fizeram fila para entrar no Centro de Exposições Imigrantes (Rodovia dos Imigrantes, km 1,5), onde é realizado o feirão. Segundo o gerente, às 7h, havia 300 pessoas na fila, esperando a abertura dos portões.
Houve quem faltasse ao trabalho. Foi o caso da encarregada de lavanderia Daniela Firmiano.
"Faltei mesmo. O chefe entendeu. Ele não tinha outra escolha", disse. Junto com o marido, o autônomo Eli Nunes dos Santos, ela procurava um apartamento cuja prestação não ultrapassasse muito o valor que paga para viver em um cortiço no bairro da Barra Funda, em São Paulo (R$ 430).
Dentro do pavilhão do centro de exposições, as maiores filas se formaram diante de estandes de construtoras que anunciavam imóveis do programa Minha Casa, Minha Vida.
Para evitar que, em razão da espera, os clientes desistissem, "animadores de fila" faziam brincadeiras e piadas.
'Animadores de fila' no feirão da Caixa em São Paulo (Foto: Maria Angélica Oliveira / G1)
Já na hora de fechar o negócio, as empresas faziam ofertas para concretizar a venda. No estande da Plano & Plano, quem compra um imóvel no feirão ganha os armários da cozinha. Nas duas primeiras horas do feirão, a empresa vendeu dez unidades.
As construtoras Brascan e Company oferecem cheque-bônus de R$ 200 na primeira prestação, e o comprador concorre a até R$ 1,5 mil em vale-compras se participar de um concurso cultural.
O coordenador de vendas da construtora MRV Engenharia, Marcos Madeira, disse que é possível até que faltem apartamentos durante o feirão. "A dica hoje é o cliente correr para o plantão, fazer a reserva ou colocar o nome na fila de espera", afirmou.
Segundo ele, o programa Minha Casa, Minha Vida é responsável por grande parte do aumento da procura.
"Antes, com R$ 2,2 mil de renda, a pessoa financiava um apartamento entre R$ 70 mil e R$ 75 mil, no máximo. Hoje, com a mesma renda, ela financia pela Caixa R$ 95 mil", disse. "A gente está triplicando, quadruplicando a quantidade de clientes em potencial".
Um dos maiores atrativos do programa Minha casa, Minha Vida é o subsídio concedido pelo governo para famílias com renda de até seis salários mínimos (R$ 2,79 mil).
Para pessoas com renda de até três salários mínimos, a ajuda do governo pode chegar a até R$ 23 mil nas regiões metropolitanas de São Paulo, Rio de Janeiro e Distrito Federal. Para calcular o subsídio, o governo leva em conta a renda, o valor do imóvel e o prazo de financiamento.
O superintendente regional da Caixa em São Paulo diz que, nessa faixa de renda, é possível comprar um apartamento no valor de R$ 73 mil com um financiamento de somente R$ 50 mil, por exemplo. Financiando esse valor em 240 meses (20 anos), a prestação mensal seria de R$ 417.
"Essa faixa [de renda] estava fora do sistema convencional de financiamento", declarou.
A Construtora M. Bigucci está na feira com 16 lançamentos, sendo dois do "Minha Casa Minha Vida". Para o gerente de vendas Marcos Ronzalez, a procura do programa corresponde a 95% do total. "Tá na moda, né."
Quem fecha contrato na feira ou pelo menos adianta proposta, ganha uma noite romântica num hotel cinco estrelas no bairro do Brooklin, na capital paulista.
Maria Carmeluze e Raimundo da Costa procuram um imóvel no feirão (Foto: Maria Angélica Oliveira / G1)
Nas filas diante dos estandes, pessoas passaram a ver a perspectiva de comprar a casa própria. É o caso do motorista de ônibus, Raimundo da Costa, de 44 anos. Junto com a mulher, a doméstica Maria Carmeluze Cabral da Costa, tem renda mensal de R$ 2,1 mil.
Desde 1992, eles vivem em uma casa não regularizada construída sobre um terreno público na Vila Santa Catarina (zona sul de São Paulo).
Apesar de otimista com a possibilidade de comprar um imóvel, ele prefere ser cauteloso antes de fechar o negócio.
"Já fui até a Caixa. Falaram que eu poderia comprar um imóvel de até R$ 100 mil, mas daria preferência para um de menor valor para não
pesar tanto", afirmou Raimundo da Costa.
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É bonito ver o povo, que mesmo em tempos de crise econômica, graças a uma forcinha do governo consegue correr atrás dos seus sonhos, como o da tão sonhada casa própria. Gostaria que nosso governo fosse sempre assim, mas infelizmente não é o que acontece sempre... Mas por hora, vamos parabenizar a equipe econômica do governo que conseguiu proporcionar este momento mágico. Então vamos aproveitar!!!
João Flavo De La Guerra.
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